martes, 31 de agosto de 2010

Meu reino por uma cama no ônibus

Esse é novo pro meu currículo: um ônibus com 2 andares de camas. Não, não era um ônibus leito, cada um no seu quadrado, era um sistema bem esquisito e que no final até que funcionava! Nós 3 (Camilo - o colombiano, Michael - o americano, e eu) entramos por primeiro. O motorista te dá um saquinho pra você guardar o seu tênis/chinelo e entrar descalço, e te leva até os seus "aposentos". Daí ele diz: 3 pessoas, né? Vocês ficam ali. E nos apontou pras 3 "camas" mais estreitas que já vi - elas deviam ter entre 35 e 40 centímetros de largura!!! 

Intimidade é uma merda, mas a gente já era amigo mesmo, então "no big deal". Depois de rir por alguns minutos, vimos as outras pessoas sendo acomodadas, algumas camas tinham um corredor no meio, umas eram na parte de cima, outras no chao do ônibus, mas o fato é que as nossas realmente deitavam mais

Dormir bem já sao outros quinhentos. O ônibus vai saculejando, pulando e fazendo barulho, então na verdade você entra num estado de descanso bem grande, o corpo esticado, e tira longos cochilos que são interrompidos de vez em quando por esses fatores. Mas não impede de sonhar, de ter alguma cãibra inesperada, e de aproveitar a viagem :)

Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones

O mais incrível de viajar é que, de repente, referências da sua infância e do que você estudou na adolescência começam a fazer sentido. Enquanto a van nos levava para ver os túneis de Cu Chi, a 70 Km ou 2 horas de distância de HCMC (o diminutivo de Ho Chi Minh City), essa música não saía da minha cabeça. Esses túneis foram feitos pelas pessoas daquela área e também de HCMC para que eles pudessem lutar, se esconder, fazer armadilhas e matar os americanos durante a guerra do Vietnam.

O mais interessante é que muitas das entradas para o túnel estavam escondidas no chão, bastante camufladas. Os vietnamitas são baixinhos e pequenos, e os túneis foram feitos sob medida. Nós pudemos percorrer alguns metros desses asfixiantes e escuros túneis, e foi legal. Mas eu, que não tenho claustrofobia, não sei como eles conseguiram viver meses ali dentro, saindo à noite para tomar um ar e descansar na superfície, em lugares bem escondidos. Os túneis têm uns 200 Km de extensão e vários andares, com lugares para dormir, para comer e para lutar. Bem interessante.



Continuando o nosso "war day" (dia da guerra), fomos ao War Remnants Museum, algo como Museu dos Remanescentes da Guerra, que existe desde 1975. É um museu bem denso, com imagens e histórias bem fortes sobre a guerra, os prisioneiros de guerra e as torturas, e muitas fotos e histórias das vidas que ficaram comprometidas por causa do Agente Laranja, um líquido super tóxico que tinha como objetivo inicial "limpar" algumas áreas para que os vietnamitas não tivessem onde se esconder. O que aconteceu depois é que esse líquido, impregnado nas pessoas, destruiu as suas vidas e as dos seus filhos, que nasceram deformados e com muitas doenças vitais. Vi muitas fotos disso, é muito forte.

No dia seguinte fomos cedinho conhecer o Delta do rio Mekong. O rio é bem escuro mas a água é limpa, ela passa pro um processo pra ficar mais clara e boa pra beber. Paramos em fazendas de plantação de côco, tomei água de côco e compramos balinhas deliciosas. Conhecemos também uma cobra muito amigável e alguns crocodilos que vivem por ali.

O mais bonito de todo o dia, no entanto, foi o passeio de canoa por um dos canais entre as fazendas. Uma mata linda, nós no melhor estilo vietnamita, um lugar que eu tinha visto em muitas fotos de amigos e que, por fim, pude conhecer. 

No fim do dia, eles voltaram pra HCMC e eu segui em frente. Queria conhecer os mercados flutuantes, que são os maiores do Vietnam. Pra isso eu aguentei mais 3 horas de ônibus e, no dia seguinte, alguns minutos de barco. Foi legal ver como eles vão comprando e vendendo o que precisam. O guia disse que eles pagam imposto para vender suas mercadorias, e todos só voltam às fazendas para se reabastecerem quando vendem tudo o que têm. Alguns vendem rápido, outros demoram dias....


No fim ainda vimos um mercado (não flutuante), bem local. Meio sujinho para os nossos padrões, gente vendendo sutiã ao lado de carne, sem falar das pobres rãs que tinham sua pele arrancada ainda estando vivas, e as motos passando.


Passei o dia com um casal de espanhóis muito simpático que me deu várias dicas sobre outras cidades do norte do país, uma tailandesa que "namorava"um francês que não dava bola pra ela (e por isso ela ficava falando com a gente pelos cotovelos, muito querida) e dois casais de Cingapura. No café da manhã conversei com uma italiana que mora em Londres e me deixou muitas idéias no ar....papo para um próximo post!

Good morning Vietnam!

Encontro com Camilo em Saigon
Quem voa Tiger Airways tem que pegar o avião no Budget Terminal do aeroporto de Cingapura (Chengi Airport). Pra chegar lá é preciso ir até o terminal 1 e, no subsolo, pegar o ônibus gratuito que leva ao Budget terminal. Esta vez eu tinha me preparado, deixei 3 roupas e um tênis na casa do Thi (pra ficar só com 7 Kg de bagagem de mão) e não pediram pra pesar a minha mochila, hunpf!

No aeroporto de Ho Chi Minh City, já no Vietnam, maior enganação: os taxistas dizendo que não havia mais ônibus pro centro e nos cobrando de 150.000 Dongs (6 dólares) a 50 dólares pra nos levar. Seguimos perguntando a vários taxistas quando vimos o ônibus chegar, às 18h30 (diziam que às 18h já não haviam mais ônibus, até gente do aeroporto dizia isso). Pagamos 6.000 Dongs pelo ônibus (mesmo desconfiados de que o motorista nos cobrou o dobro, já que no próprio ônibus estava escrito 3.000 Dongs. Não quisemos discutir com mais um que não entende nem fala inglês, e pagamos o que ele quis. Mas 6.000 é beeeem diferente de 150.000, né?).

Encontramos nossa host em um food court, comemos rapidinho e tomei minha primeira cerveja vietnamita (boa!) e depois fui com ela pra aula de swingue (a dança). Muito legal, e as pessoas dançam muito, parecia aqueles bailes americanos que a gente vê em filme! Deu até vontade de aprender, quem sabe um dia em algum país onde eu viva :)



O que me chamou a atenção em Ho Chi Minh: sem dúvida as motos. Imagine um trânsito onde 90% do transporte que se vê são motos, e onde 90% dos casos as pessoas não respeitam o semáforo, nem os pedestres, nada. Pra cruzar a rua você vai andando devagarinho e as motos vão desviando de você, simples assim! Claro que dá medo, mas as motos até que vão bem devagarinho, às vezes com 3 pessoas, às vezes 2 adultos e uma criança no braço, às vezes 3 malas, às vezes uns porquinhos, às vezes flores pra um velório. Sim, eles são equilibristas.

Fomos ao Backpacker District, que é o nome que puseram à área onde estão concentradas as agências de turismo, para backpackers, como nós, e também não-backpackers. Compramos os próximos passeios: Cu Chi Tunnels, Delta do Mekong e a passagem de ônibus atë Hanoi, que permite que você vá descendo em várias cidades do caminho, e suba novamente quando bem entender, tudo isso por apenas 37 dólares. O país todo de sul a norte por 37 dólares e parando? É, eu também achei bem barato :)

jueves, 26 de agosto de 2010

Se essa piscina, se essa piscina fosse minha...

...eu ia acabar virando atração turística também ...
...mas... será que vale a pena?

Piscina no topo do hotel Marina Bay Sands
A vista é linda, e o hotel é um charme. Chiquérrimo. Mas eu fico imaginando se os pobres hóspedes que pagaram (e bem) pra ficar ali terão algum minuto de exclusividade na piscina, já que o Sky Park, que é esta área para visitação, fica aberto de 10 da manhã às 10 da noite. E nem sei se a piscina do 57º andar, de bordas infinitas, fica aberta até tão tarde...mas bem, tendo um pouco de paciência e pensando em "tomar banho de piscina no topo de Cingapura como se não existisse ninguém ao seu redor"...claro que vale a pena!

Como ser um local em Cingapura

Você é um (extrangeiro) local em Cingapura quando...
  • você pergunta algo ao motorista do ônibus e ele não te entende
  • você pergunta algo na rua e não te entendem
  • você decide sair sem mapa e ninguém nunca ouviu falar do lugar que você quer ir
  • você fala em inglês claro, pausado e até meio errado pra facilitar, e ninguém te entende
  • para usar a wi fi do Starbucks você precisa dar um número de telefone local (que você não tem)
  • e, pra terminar: você come feijão com milho, gelo raspado e leite condensado sobre tudo e ainda gosta :)
Olha a mistura: feijão, milho, gelo raspado e leite condensado. Aprovadíssimo!


 Esta é a Ting, e fui com ela caminhar por um reservatório muito legal, 30 minutos do centro. Vimos muitos animais diferentes, lagartos, pássaros, mas os que eu sempre adoro são so macacos. Muita gente já deu comida pra eles, então eles acabaram se acostumando a chegar perto das pessoas quando ouvem algum barulho que indique "comida". Mas alguns deles só chegaram por curiosidade e ficaram comendo frutinhas, e outros ficavam me olhando bem de pertinho no meio da reserva. Uma graça!

Família mona
Para completar o dia animal, fui com o Thithi ao Night Safari...recomendadíssimo! Mas não conseguimos tirar foto das principais atrações (pra mim, pelo menos), porque machuca os olhos dos bichinhos, claro: os morcegos gigantes voando livres sobre nossas cabeças e o esquilo voador. Como diz o Thithi: A-MAZING!

lunes, 23 de agosto de 2010

Segunda parada: Cingapura!

Sim, chegou o dia de mais um reencontro muito legal: vim direto do trem pro apartamento do Thithi, e a gente falou pelos cotovelos no café da manhã, na piscina, no trem, até chegarmos à Marina Bay, um lugar bem lindo, cercado de prédios, alguns comerciais, outros shopping centers e muitos hotéis.

Clique aqui para ver a descrição do Thiago sobre esta área.

O bicho que cospe água, símbolo de Cingapura
Ao fundo o hotel Sands
Nós vamos subir pra conhecer este hotel hoje à noite :)
À noitinha fomos conhecer Litlle India, que estava lotada de indianos! Todos ali fazendo um social...sentados na grama, andando, enfim, o lugar estava entupido deles, e 99% eram homens!
Pic nic de indianos em Little India
Little India by night

Chilling no meu último dia de KL

Último dia, nova host, Ela convidou várias pessoas pra um almoço na sua casa e esse dia eu (e todos) tiramos pra não fazer nada. Ficamos em casa conversando, rindo, dormindo, atualizando a vida na Internet, e também ensinando os gringos a dizerem besteiras em outros idiomas!

Era um grupo bem divertido.....no final, o Scott, seu amigo também da Califórnia (ele conhece o Sierra Summit, a estação de esqui californiana onde eu trabalhei em 1999!), a Angel, asua irmã e eu, tiramos umas fotos estilo Back Street Boys que ficaram divertidíssimas:




 Pra fechar KL com chave de ouro, fui de táxi até uma estação de monorail que o tal californiano tinha dito pra irmos, que era perto da Sentral Station, onde eu tinha que pegar o trem pra Cingapura. Resultado: estava atrasadíssima, corri e por um segundo não perco o trem das 11... E o trem era ajeitadinho! Paguei 10 euros por uma cama na parte de cima (eram vários beliches ao longo de um corredor), que era bem confortável até.
Corredor com camas no trem. Veja o vídeo aqui
Eu na minha cama no trem pra Cingapura

Meia hora antes de chegar a Cingapura nós paramos, uns tiozinhos entram para entregar os papéis de imigração,nós descemos, passamos pelos guardinhas, carimbam o passaporte com a permissão de entrada, voltamos para o trem e, 20 minutos mais tarde, chegamos ao segundo destino desta viagem: Cingapura!!

Hibernei...esse jetlag está me matando!

Era meu terceiro dia em kuala Lumpur e parecia a 3ª semana! Dormi desmaiada até as 11 da manhã, cheguei atrasada no shopping para encontrar a minha seguinte host (anfitriã) Angel, compramos comida para o almoço o dia seguinte (e eu um adaptador de tomadas pra viagem, é impossível não ter um aqui), e fui conhecer as Batu Caves com o Scott (Califórnia) e a Jasmine (Malásia).

Vale dizer que, depois de esperar uns 20 minutos o ônibus, sem sucesso (e a Jasmine já nos esperava lá no lugar), eu e o Scott decidimos ir encontrar um ponto de metrô que sabíamos que existia (só não sabíamos onde). Perguntamos a uma mulher na rua, ela disse que não existia metrô direto pras Batu Caves (mas sim, ele existe!). Dissemos que havia, ela dizia, num inglês macarrônico, que não havia. Um minuto de discussão e ela nos diz:"vamos à minha casa que está aqui do lado e eu levo vocês com meu carro". Fazia tempos que eu não recebia ajudas assim na rua. Olhei pro Scott, ele abriu o maior sorriso e disse: "ok, vamos". Se ele que está viajando desde maio disse sim, quem sou eu pra discordar!!! Fomos até a casa dela, ali do lado, e ela, queridamente, nos levou pras Batu Caves, que ficavam a apenas 15 minutos dali. Nos despedimos, agradecemos, e seguimos. Eu ainda não estava acreditando na gentileza desse povo, são queridos, hospitaleiros e, com essa prova, gentis. Mesmo com estranhos :)

São 3 cavernas, cheias de macacos por todos os lados, super acostumados com as pessoas. Na entrada há uma estátua gigante de um tal Murga, de 43 metros de altura, e parece que é a maior do mundo.

Depois dela, apenas 272 degraus te esperam.
Até que foi fácil! Clique aqui e veja o vídeo

Nada demais, mas foi divertido. Na saída, o Scott e a Jasmine me apresentaram a 2 frutas que eu ainda não conhecia: mangostines e rambutans.
Rambutans
Mangostines

Na volta, eu e a Jasmine fomos jantar com a Jasmin, outra malaia que me escreveu se oferecendo para jantar conosco. Fomos a um lugar bem típico daqui, são banquinhas tipo de feira, uma ao lado da outra, e você escolhe o que quer comer, eles te levam na mesa e voce paga. Um euro pra comer. Muito barato e gostoso!
Satay
Mee Rebuns
Murtabak


Depois, barzinho com CSers (ver post anterior), e casa...

Jantando com os CSers e o Ramadan

No post anterior, em que falei do Muz, não mencionei que estamos na época do Ramadan. Ou seja, ele, e todos os muçulmanos, só podem comer das 7 da noite às 7 da manhã. O resto do dia, jejum. É estranho conviver um dia inteiro com uma pessoa dessa religião, porque nós parávamos para comer, beber água, o que for, e ele apenas nos acompanhava olhando. Mas perto das 4 da tarde naquele dia ele já começou a ligar pros amigos pra combinarem onde iriam jantar aquele dia. Geralmente eles vão a um buffet onde se paga uma quantia e se come à vontade.

Nós, não muçulmanos, pudemos jantar e nos encontrar a hora que queríamos. O que eu gosto do Couchsurfing é isso, a gente acaba às vezes sendo a atração de uma mesa com 10 malaios (e apenas 2 gringos):
Jantar no meu primeiro dia com CSers malaios

No dia seguinte encontrei viajantes da região, além de um tailandês que mora em KL. Fomos à região de Bukit Bintang, que é onde está o centro da cidade e um dos lugares onde acontece a vida noturna por ali. Pessoal bem legal, animado, me deram muitas dicas sobre mergulho na Tailândia (todo mundo que vem ao sudeste asiático faz o curso avançado de mergulho obrigatoriamente, é regra!!).
ONU em KL: Bielorrússia, Brasil, Alemanha, Espanha (x2) e Tailândia

Toda nudez será castigada

No meu segundo dia de Malásia, um malaio chamado Muzaffar (Muz para os amigos) contactou a mim e ao Miguel (espanhol viajando pela área) e disse que poderia levaernos para dar uma volta e conhecer lugares em Kuala Lumpur (ou KL) e também Putrajaya, uma cidade governamental a 2 horas daqui.
Miguel, Muz e Suz

A primeira parada foi na Menara KL Tower, de 421 metros de altura, de onde se tem uma vista linda de 360º da cidade. Dali dá pra ver as famosas torres Petronas, e também as Batu Caves.

Putrajaya é uma cidade governamental que foi planejada e construída, assim como Brasília. Eles previram uma população de 350 mil pessoas vivendo ali, mas parece que o lugar é tão chato e sem atrações que apenas 4 mil pessoas vivem lá.

Fomos visitar uma das mesquitas e, como eu estava "semi nua" para os padrões deles (pernas e ombros à mostra), tive que vestir um lindo roupão rosa bebê. O mais engraçado é que haviam várias pessoas, inclusive rapazes, que tiveram que passar por este mico. Mas a mesquita é bem bonita, então valeu a pena.

Outro edifício lindo é este, inspirado no Taj Mahal:

Voltamos a KL e visitamos a antiga Estação de Trem, Chinatown e as torres Petronas, que são o edifício da companhia de petróleo do país (daí o nome). Ela é bem moderna e fica linda à noite. Não subi por dois motivos: enfrentar fila às 8 da manhã é pra corajosos, e só dá pra visitar a parte onde as duas torres se conectam, ou seja, já tínhamos a linda vista da KL Menara Tower e não precisávamos de outra.

À noite cheguei em casa e fiz o prometido brigadeiro pra minha querida host Po-chien.

Acho que o site poderia se chamar "A volta ao mundo do Brigadeiro". Estou ajudando a popularizar o nosso doce brasileiro :)

miércoles, 18 de agosto de 2010

Primeira parada: Kuala Lumpur (Malásia)

- No avião só é permitido levar 7 Kg como hand baggage - eu tinha 9, paguei 10 pounds. Blée.

- Te perguntam se você tem bilhete para continuar a viagem, eu mostrei a reserva de Singapura pro Vietnam e...ufa!

- Cachaça não é água não: só porque você já cruzou o Atlântico rumo ao Brasil (ou à Europa) naqueles aviões super equipados da Tam, Ibéria, Tap e até Air China, isso não quer dizer que todos os aviões de longa distância sejam iguais!! Low Cost é Low Cost e ninguém terá pena de você e vai trazer travesseiro, cobertor e água sem que você pague. Esqueça mini televisões passando filme, esqueça ter que escolher entre cerveja ou vinho. Quer algo? É só pagar e você terá. Esqueceu seu cobertor? Azar. Quer pagar com cartão? Não pode. Pelo menos o meu vôo a Kuala Lumpur estava vazio e eu pude me espichar no banco....mas faltou um cobertor e uma televisaozinha...isso faltou!! Pelo menos aceitaram meu €uros para comprar comida, senão eu ia ter que começar um regime forçado! ;)

Cheguei bem, comprei um SIM card por 8,50 RM (2 Euros) e fui até a casa da minha host tranquilamente. E à tarde, além de dar uma volta no centro, fiz uma coisa que adorei: deixei peixinhos beliscarem meus pés (e paguei - pouco - por isso!). No Central Market 10 minutos de Fish Spa custam 5 RM e são capazes de acabar com aquele sono de jet leg que insiste em não ir embora!
Clique aqui para ver o vídeo dos peixes esfomeados

martes, 17 de agosto de 2010

Começamos!

A tal sorte que acompanha os viajantes solitários! E eu já quase tinha me esquecido que ela existia...

Este blog começa quando entrei no aeroporto de Barajas (Madrid) esta manhã. Bom, um pouco antes, no caminho até lá, eu já voltei a sentir o gostinho das viagens especiais. Saí da casa da Sandrine antes das 5 da manhã e estava caminhando quando passou um carro e, ao me ver sozinha, de mochila, de madrugada, me ofereceram carona. Eles iam ao Canadá. Eu estava a caminho de Londres, e da Ásia.

Como sempre, deixei pra arrumar a mochila, que podia pesar no máximo 10 quilos (Ryanair rules), na última hora. Fui dormir às 3, acordei às 4. Nem preciso dizer que dormi o vôo todo até Londres Stansted, e também no trajeto do ônibus Terravision que me trouxe à Victoria Station, onde eu desci pra encontrar o Javier, namorado do Thithi. Ele me deixou as chaves, vim pro apê, resolvi umas coisas por internet e...dormi de novo!

Aliás, uma das coisas que resolvi esta tarde (anote aí) foi pedir o visto pro Vietnam online. É mais rápido e prático. Custa US$ 19,99, mais outros US$ 19 que você paga no aeroporto na hora da chegada, apresentando a folha do visto que enviam ao seus email (e você precisa imprimir) mais 2 fotos tamanho passaporte (preciso lembrar de tirá-las em Kuala Lumpur).

Umas horas organizando passeios e hora e ponto de encontro com hosts em Kuala Lumpur pelo Couchsurfing, e pronto, meus dois primeiros dias já estão cheios de atividades com pessoas de lá. Adoro!

Agora vou dormir, amanhã vou conhecer uma empresa aérea que será minha mais fiel companheira nos próximos meses de viagem: a Air Asia. Meu embarque a Kuala Lumpur será às 11 da manhã e eu chego às 7 da manhã do dia seguinte....sobreviverei? :)