martes, 28 de septiembre de 2010

Halong Bay: uma baía pra chamar de minha

O melhor foi deixado pro final. Até que, por coincidência, fiz a melhor rota pelo Vietnã. Ter começado pelo sul (Ho Chi Minh) me fez ir ganhando conhecimento sobre o país até chegar ao lugar que, na minha humilde opinião, tem as melhores vistas, as melhores sensações, e as minhas melhores experiências, com pessoas muito bacanas.

O que a gente fez: em Hanoi conheci mais 2 australianos que estavam no mesmo hostal que o Ryan que não queriam, como eu, fazer os passeios "fast food" que as agências ofereciam. Então nós compramos passagens de ônibus na manhã seguinte e fomos direto à ilha de Cat Ba, que na verdade é uma das paradas que faz a maioria dos barcos nos roteiros de 2 noites. Pagamos 190.000 Dongs e depois de um ônibus, um barco e outro ônibus, chegamos ao mini-paraíso. Conhecemos uns espanhóis (sim, eles estão por toda parte na Ásia) que estavam em uma praia deserta a 20 minutos de caminhada do centrinho e fomos pra lá conferir. E já vimos as primeiras vistas da baía de Halong, já conhecemos a praia particular e seu bangalôs e já decidimos que ficaríamos que ali seria o nosso lugar pra passar a tarde e a noite. 

Sem falar do por do sol....olha essas cores!!!! Olha os barquinhos!!!!


(Observação da blogueira: jamais deixe de fotografar um lugar pensando que pode fazê-lo mais tarde ou no dia seguinte...a preguiça me fez pensar assim, e os bangalôs não foram fotografados porque simplesmente estava caindo o mundo na manhã seguinte....minhas roupas que deixei secando no varal amanheceram encharcadas e eu não tinha a menor condição de captar nenhuma imagem debaixo daquele aguaceiro. mas eu garanto que os bangalôs são charmosos. Super simples, um colchão no chão, mosquiteiro e ventilador apontado pra você. Banheiro fora. Por 6 dólares por pessoa, num bangalô pra 4. Ok, é estilo camping, eu confesso (low standard girl). Mas com aquela praia na frente, eu até dormiria na rede....)

E a gente tinha juntado mais 2 francesas na noite anterior, na agência super mega recomendada em Cat Ba (Slo Pony), e mais 2 casais, e íamos fazer o passeio de barco em 10 pessoas, em uma parte da baía que não era a que todos os barcos iam (ou seja, a gente não veria nenhum barco). Mas o dia amanheceu daquele jeito....molhado....fomos embaixo de chuva pra agência pra ver o que ia acontecer. O cara responsável disse que, pela experiência dele, quando chove assim, torrencialmente, à 1 da tarde geralmente para. Ele não nos garantia isso, mas recomensaria que a gente fosse mesmo assim. Um casal não acreditou nele e desistiu, mas as francesas foram super positivas e até falaram que, sem sol, a gente não se queimaria tanto ;) então todos fomos pro barco pra ver se a chuva ia mesmo parar às 13h.

E não é que ela parou? :D

O primeiro passeio de caiaque foi feito embaixo de umas gotinhas, e a gente levou câmera pra registrar as cavernas que íamos atravessando pra chegar em outras mini-baías. Mergulhos, risos, estacionamento de caiaques, cachorros nadando na baía de Halong (que sortudos, eles podem fazer isso todos os dias!), e voltamos pro barco. mas niguém conseguia ficar parado, então subíamos no teto e nos jogávamos na água. A essa hora a chuva já tinha ido embora. E a cada 3 horas parávamos em um ponto diferente da baía pra mais mergulhos, pro almoço, pro jantar, e pra mais navegação. Nós sentados na frente do barco olhando embasbacados tanta beleza. Não conseguíamos parar de clicar...



Tivemos até um happy hour no topo do barco (com vodka Ha Noi) e um por do sol lindo, pra minha sorte e felicidade! Adoooro!



À noite, após o jantar, foi ainda mais divertido. E eu me lembrei muito da Ana Claudia Crispim e do post dela, de quando estivemos na casa de praia da Carmen no litoral de Sampa. Sim, dessa vez eu vi plânctons!!! À noite, sem nenhuma luz na água. Vários "spiros giros" na água quando a gente mexia as mãos. Uma luz vindo lá do fundo quando batíamos os pés. Era assustador e lindo, e os 8 do barco não queríamos sair da água e deixar os plânctos pra trás. E ficamos lá, mergulhando e saltando até cansarmos e irmos dormir. Mas quem disse que íamos pras cabines chatas? Cada um achou um puff e se ajeitou e dormimos no teto do barco, vendo as estrelas....e amanhecemos com uma baía linda refletindo na água com os primeiros raios de sol da manhã. Indescritível, inesquecível, maravilhoso. Sim, a sorte nos acompanha!!!

viernes, 24 de septiembre de 2010

Curso intensivo de inglês e de comer com palitinhos

Quem disse que é preciso ir pra um país de língua inglesa para aprimorar o inglês? E pra um país de língua espanhola para aprimorar o castelhano? Vamos aproveitar a multiculturalidade do mundo de hoje e saltar as regras e aprender onde estivermos! Afinal, foi na Califórnia que melhorei meu espanhol durante os 4 meses em que trabalhei na estação de esqui perto de Fresno...e é na Ásia que estou aprimorando meu inglês :)

Aprendi novos verbos que são bastante usados aqui (os australianos que me ensinaram): to be scamed (ser enganado). É um saco, no Vietnã principalmente, tem sempre gente querendo passar a perna em você, não dá nem pra confiar na pessoa do seu próprio hostal. Eles querem grana, claro. E te olham como uma fonte infinita de grana. Outro verbo usado: to lose face (perder o respeito). Quando você consegue provar às pessoas que elas estão erradas, elas acabam se sentindo humilhadas, sabe como? Pois é, nunca tinha usado nem ouvido essas expressões antes. Sim, há vantagens em ter outros extrangeiros como companheiros de viagem!

Agora outra coisa que percebi muito interessante: as pessoas que nunca aprenderam outro idioma não sabem bnem conjugar os verbos no seu próprio idioma! Alguém me explica isso? Eu tive classes de gramática em português e aprendi o "eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas". Outro dia fui ensinar o verbo "to be" em espanhol pra 2 australianos e eles simplesmente não entendiam porque eu colocava os verbos nessa ordem, primeiro singular, depois o plural...e essa ordem pra eles não fazia sentido!! Daí eles me disseram que não aprendem assim...que eles aprendem falando...enfim, numa pequena e pacata vila do norte do Vietnã esses dois tiveram a sua primeira aula de idiomas na vida, aos 25 anos de idade, dada por mim :) até agora eles devem estar decorando aquela ordem "eu, tu, ele, ela...". E acho que eles vão lembrar de mim quando eles decidirem aprender algum outro idioma...(desculpa mas ainda acho que os que falam inglês como idioma materno são preguiçosos...só porque todo mundo se esforça pra aprender o idioma deles, eles acham que não precisam aprender nada mais!)

Que mais...

Ah sim, banheiro aqui é artigo de luxo. Você está numa viagem de ônibus e o motorista para a cada 3 horas e todo mundo corre pro meio do mato pra aliviar as suas necessidades fisiológicas...pra homem sempre foi mais fácil, mas as mulheres aqui se viram direitinho. Engraçado é vê-los depois lavando o pé (e não a mão)...claro, deve ter respingado né? Aaaaai que nojo! :P O pior foi num ônibus noturno que peguei. Percebi que ele só parava no meio do nada e só homens desciam. E minha vontade de fazer xixi acumulando. Desci da minha cama e fui pedir ao motorista que ele parasse num "toilet". Daí em 5 minutos ele parou e me mostrou um grande terreno vazio e me disse, apontando para aquela imensidão noturna: "toilet". E eu me desesperei: olhei pra todos os lados e não encontrava um lugar pra me esconder! Falei isso pra ele, ele concordou, entramos de novo e ele parou mais adiante num lugar com uma pilha de pneus. Não teve jeito, lá fui eu. Mas deu pra se esconder pelo menos. Eu levantava a cabeça e via o ônibus me esperando, à noite, por detrás daquela pilha de pneus. Pelo menos o "banheiro" tinha cheiro bom e era beeeem mais "limpo" se comparado com muitos outros lugares de paradas habituais de ônibus no Vietnã. Essas horas eu agradeço às minhas épocas de amiga de escoteiros e de acampar no meio da montanha, isso me tornou uma pessoa sem frescura e preparada pra essas situações :)

miércoles, 15 de septiembre de 2010

Siga aquela tartaruga!

Em Hanoi tudo gira em torno das tartarugas. Há um lago principal na cidade que é palco de uma lenda que envolve uma tartaruga. O lago fica no Old Quarter, onde era o meu hostal, e serve de orientação. Conta a lenda que o imperador Ly Thai ganhou uma espada mágica enviada pelo céu, com a qual ele conseguiu tirar os chineses do Vietnã. Um dia depois de terminada a guerra ele viu uma tartaruga gigante neste lago, que simplesmente abocanhou a tal espada e sumiu pra sempre nas profundezas do lago. Então eles acreditam que a tal tartaruga foi quem devolveu a espada mágica aos céus, e até fizeram uma torre no meio do lago em sua homenagem.

Mas a minha passagem por Hanoi também foi num flash. Na verdade eu queria mesmo era reencontrar o Ryan, meu parceiro de mergulho em Nha Trang, porque ele também queria seguir pra Sapa. Cheguei cedo em Hanoi, informei-me de preços de passeio pra Halong Bay e do ônibus pra Sapa, e fui encontrar com ele no hostal dele. Ele estava com um monte de gente bacana (que não parecia viciada em internet hehe) e acabamos combinando com mais 2 australianos de ir fazer o passeio à Halong Bay juntos. Adorei! Achei minha turma! Eles não queriam comprar o pacote em uma agência ali (passeios fast food), então decidimos ir no dia seguinte bem cedo de ônibus à ilha de Cat Ba e procurar alguma agência local. A ilha de Cat Ba é a porta de entrada pra Halong Bay.

Decidido isso, eu bem feliz catei mais um xe om (moto-táxi) e fui encontrar o Son, meu amigo do Master de Madrid. Fazia 3 anos que não o via, e foi bem legal. Conheci a empresa que ele tem, de venda de roupas pela internet, almoçamos e pusemos o papo em dia.
Eu e Son em Hanoi, reencontro após 3 anos de terminado o Master!
À tarde fui ao consulado da Tailândia ver se eu precisava tirar visto pra entrar por terra, e soube que a Tailândia tem um acordo com o Brasil que nos dá direito a 90 dias de visto ao cruzar a fronteira, e grátis! Depois fui visitar o Templo da Literatura, onde funcionou a primeira universidade do Vietnã, de discípulos da filosofia e dos ensinamentos do Confúcio. Uma graça, um lugar bem tranquilo e acolhedor. E...adivinha? Com tartarugas por todos os lados!!! Algumas sustentam grandes "lápides" com a história da vida de cada professor que passou por ali, outras estão embaixo de grandes aves, simbolizando a força da terra (tartaruga) e a força dos céus (as tais aves). Tudo em Hanói se move com essas tartarugas, impressionante!













Daí o que aconteceu foi que, à tarde, me senti meio estranha, acho que eram muitos dias dormindo em ônibus e correndo contra o relógio, mais o sol, mais a comida, enfim, percebi que meu corpo estava pedindo calma e resolvi ir ao hostal tomar um bom banho frio e descansar. Não saí de lá até a noite. Uma pena, tinha esta tarde pra conhecer mais coisas, como a catedral e algo mais, mas tinha que deixar meu corpo voltar ao normal. Uma voltinha à noite pra respirar um ar "fresco" e cama. E tchau Hanói!

Hue de xe om


Não, nao está faltando letra no título do post. "Xe" significa moto, "om" significa abraço. Isso também não quer dizer que você vai sair abraçando o motorista da sua moto, mas o nome é até que interessante. Pois bem, deixei Hue pra trás junto com o Camilo e o Michael. Precisava dar um tempo deles, eles estavam em um outro momento das suas viagens, de fazer as coisas mais devagar, de passar horas não fazendo nada embaixo do ar condicionado, e eu ainda estou no pique do primeiro mês na estrada. Dei tchau pra eles, que voltaram pra chata Nha Trang (pra fazer nada por mais uns dias), e fui fazer minha massagem de 1 hora em Hoi An. E já na manhã seguinte peguei o ônibus pra Hue.



A essas alturas do Vietnã confesso que já estou um pouco cansada de ver tanta pagoda e templo. Então passar uma tarde apenas em Hue e pegar o ônibus naquela mesma noite a Hanoi era um ótimo plano.


Para conhecer Hue assim, rapidamente, negociei com um menino que me abordou na chegada à cidade a volta de moto durante a tarde. Em 3 horas eu pude ver 2 pagodas, uma tumba, a cidadela e o rio. É...quem diria que eu ia estar bem confortável andando pra cima e pra baixo de moto por aí? Eu não gosto de moto, acho perigoso. Mas no Vietnã eles fazem as motos parecerem patinetes...vão bem devagar, levam os nenéns recém nascidos nelas...sim, eu aderi à moto (na garupa, claro) e tenho achado bem divertido ir serpenteando no meio dos carros com os motoristas. É seguro, é rápido, e é mais barato que pagar um táxi. Xe om é o que há!


Cidadela, que foi casa do imperador Gia Long em 1804
Estátuas na tumba do Tu Duc
Descanso à beira do rio
E tchau Hue!

I'm a Buuuuuuudha!

Alugamos uma moto e fomos visitar as Marble Mountains, umas montanhas que ficam no meio do caminho entre Hoi An e Danang. O Camilo tinha o super GPS do iPhone dele, então fomos tranquilos. Eis que no caminho uma vietnamita puxa papo na moto ao lado (sim, a gente vai devagar e todo mundo aproveita pra conversar, fofocar, trocar receitas enquanto dirige na estrada). Ela pergunta as coisas de sempre: de onde somos, como nos chamamos, e para onde íamos. Daí ela diz que mora lá do lado das tais montanhas e nos diz para segui-la. O Camilo com seu iPhone, a mulher com sua lábia, e as vacas querendo passar, e eu na garupa tive que registrar o momento kodak.


No fim nossa guia até nos deixou estacionar na frente da loja de esculturas em mármore dela. Claro que depois teríamos que passar pela loja, olhar tudo, eles iam querer nos vender as esculturas nada pesadas de carregar na mochila, etc, mas a gente deu uma contornada na situação e saímos ilesos! hehe

I'm a Buuuuddha
E quando eu pisei na tal montanha, eu me lembrei direto da nossa amiga catarinense Bruna Moser, com quem fui a Ibiza há 3 anos junto com outras 5 amigas cutiribanas e catarinas. Eis que a Bruna nos contou que na noite anterior elas tinham saído e conhecido um cara. E elas perguntaram ao cara: "o que você faz?". E o cara respondeu com bom sotaque britânico: "I'm a buuuuudha". O quê? "I'm a Buuuuudha". E ela pergunta: "você é um Budha?" E ele diz: "Yes, I build houses, apartments..."....OK, o cara era um "builder" com um super sotaque britânico que quase fez as meninas acreditarem que sim, ele era a encarnação do Buddha. É que a Bruna contando, com a entonação, é de chorar de rir. E claro, de não esquecer...e de lembrar da história cada vez que eu vejo um Buddha.


E nessa montanha tem Buddha de tudo quanto é cor, tamanho e posição. Mas o mais impressionante foi um que estava escavado na própria montanha, e que nós não teríamos visto se não fosse a vendedora de incensos nos mostrar, já que ele estava escondido atrás de um templo, dentro de uma caverninha na própria montanha.

Ali vimos muitos templos e muitas pagodas, super bonitos, cuidadosamente feitos em cima da montanha. E a gente sempre se pergunta: como é que eles fizeram isso tudo ali?


Tem a parte externa, mas o que foi mais legal foi descobrir as várias cavernas escondidas e gigantescas. Esta à esquerda é aberta na parte superior, então os raios solares entram e deixam um clima super místico dentro dela. E lá dentro, adivinhem: mais templos, mais estátuas, mais um Buddha nas alturas, bem legal. Se não fossem as chatinhas (tadinhas) das vendedoras de incenso insistindo pra você comprar um pacote deles....ou vários....

Saindo dali entramos por uma caverna e saímos no lugar mais alto da montanha, com vista pra China Beach! Uma praia bem longa que eu queria ir passar algum dia, mas com o calor que fazia naquele momento eu me contentei em ficar com a imagem dela de cima mesmo. E com a nossa imagem no topo de uma das Marble Mountains!

Pausa pra falar das comidinhas de Hoi An

Podem falar o que quiser, que a cidade é muito turística, etc, eu não ligo. Adoro quando eu preciso de uma informação e as pessoas entendem o que eu pergunto e sabem responder. Nas outras cidades isso simplesmente não acontece, você fala todos os sinônimos possíveis de uma palavra (toilet, WC, washrooms, restrooms, bathrooms, pipirooms) e a pessoa continua parada te olhando como se você fosse uma assombração. Em Hoi An todo mundo te entende e a coisa flui melhor.

Sem contar que a cidade tem a sua culinária própria. São pratos que você só come ali. Eu resolvi provar todos nos 3 dias que estive lá e é um mais gostoso que o outro. E sim, eles fogem no nosso feijão com arroz (que pra eles seria o noodles ou o chicken rice), são criativos, feitos no momento que você pede, seja no restaurante ou no postinho de comida de rua.

Vamos a eles:

Cao Lao, uma mistura de noodles com carne de porco, salada e um molhinho gostoso
Uma massa frita com camarão, especiarias e legumes, de lamber os dedos (mesmo!)

Crispy pancakes: Uma massa frita de arroz com broto de feijão dentro
...que você tinha que enrolar junto com uma salada dentro de um papel de arroz!
E por último o White Rose, bem suave, que leva camarão cozido e um molho gostoso
Não podemos esquecer dos shales de frutas! Deliciosos. Na foto temos manga, abacaxi e abacate.
Cada comida custa em média 1 euro e cada bebida em média 50 centavos de euro, dependendo do restaurante ou banquinha de comida de rua que você escolhe. Você come bem e gasta quase nada...

O casamento da minha melhor amiga

Chegar a Hoi An e não lembrar do próximo casório que te chamaram pra ser madrinha não existe. O que você mais vê quando caminha pelas ruas são lojas de ternos e vestidos feitos à medida pra você (e enrolados à medida pra você "socar" dentro da mochila que ainda vai encarar meses de viagem).


E afinal, quem vai casar? A Sandrine :-) Vai ser daqui a mais de um ano ainda, tudo bem, e promete ser na Ilha do Mel (oba!), daí eu passava na frente das lojas e me perguntava: faço ou não faço um vestido?
                                                                                             
Como um desses?
Ou um desses?
Acabei não fazendo nenhum porque me deu pena amassá-los por tanto tempo...ano que vem eu faço, tá San? Eu só comprei um saco de dormi de seda porque eu sou muito chique, e porque ele me custou a bagatela de 2 euros. Ele serve para aquelas ocasiões em que você não confia se o lençol que te deram foi bem lavado, e mesmo nas ocasiões em que você não tem um lençol!



                                                                                          
Hoi An foi a cidade que eu mais gostei. Pequenininha, fofa, com templos e pagodas, e iluminada à noite com luminárias à beira do rio. 
Visitamos no dia seguinte uma região chamada My Son, com templos que foram construídos perto do século IV e, depois dos ataques no Vietnã, foram completamente esquecidos até que um grupo de franceses que exploravam a região já no século XVI os descobriram cheios de árvoces e vegetação em volta. O lugar é tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.



Em Hoi An também tem praia. Mas os chatos dos meus companheiros de viagem só queriam ficar no hotel embaixo do ar condicionado fazendo nada (ou melhor, enfiados na internet), então eu aluguei uma bicicleta e fui sozinha curtir um fim de tarde. A praia é uma graça, está a 20 minutos pedalando do centrinho, a água é quente (meu pai ia adorar), enfim, um bom lugar pra se passar várias horas...





Ainda quero contar sobre mais um passeio, mas fica para o próximo post!


sábado, 4 de septiembre de 2010

No Vietnã como os vietnamitas

O Camilo e o Michael alugaram uma
 scooter outro dia. Por 24 horas, só pra ir a alguns lugares mais distantes na cidade. Na primeira noite já saí na garupa, fomos pro centrinho. Parecíamos super independentes, super vietnamitas.

Sabem por que um trânsito com motocicletas funciona aqui? A gente constatou que eles andam a 30 Km por hora, bem devagar. É como se estivessem sobre uma bicicleta motorizada (e essas também existem), passeando, falando com a pessoa na moto ao lado, falando no celular....todos com as suas máscaras na boca pra conter a poluição (a maioria das mulheres usa, tem de bichinho, xadrez, e até de lã...nesse calor!).

Por isso, quando os pedestres cruzam a rua nesse trânsito louco, eles conseguem desviar sem nenhum problema, porque estão a baixa velocidade. Não vi nenhum acidente ainda, ninguém me atropelou, e esta noite e o dia seguinte que andei de moto (tenho medo, mas aqui até que rola) tive uma boa experiência. Era engraçado ver os carros e as pessoas se lançando na nossa frente, e a gente desviando.



E as buzinas? Outro dia estava sentada aqui na casa do nosso host indiano quando passou uma criança na frente da porta com a mão na buzina da bicicleta dela. Se desde pequenos eles já gostam de largar o dedinho na buzina, está tudo explicado! É por isso que os vietnamitas dirigem buzinando! Eles adoram! É buzina pra dizer que você tá passando do lado, pra dizer que eles estão vendo você fazer uma curva na frente deles, pra dizer que eles estão passando e você deve esperar pra atravessar a rua, pra perguntar se você quer uma carona de "moto-táxi", e também pra elogiar se você vai de vestido tomara-que-caia, como eu :) é que num país onde as mulheres usam manga comprida pra não se queimarem, luvas idem, meias com chinelo de dedo, além da máscara estilo Michael Jackson cobrindo a boca....quem mostra os ombros é miss :D